segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

TELEVISÃO PLAYMOBIL

Como cantaria Simone: então é Natal. E foi na busca de presentes pela internet que me deparei com o Playmobil de equipe de televisão, direto do túnel do tempo. Se bem que eu acho que esses aí são novos.

Achei em duas versões, uma com uma equipe mais enxuta, bem parecido com as TVs em economia de despesas e de pessoal, só com o carro de Ao Vivo e dois técnicos. A outra, mais completa, tem duas câmeras, tripés, microfone boom, canhão de luz, um diretor barbudo em cima de uma cadeira e uma figura que parece ser uma repórter, já que está com um microfone na mão. Mas ela também tem uma claquete e uma boina fofinha. Seria uma produção cinematográfica ou jornalística?


Antes de alguém falar que fugi do foco do meu blog, eu argumento: vocês repararam na sigla da TV Playmobil? Qualquer semelhança com o meu blog é mera coincidência. Para quem quer me dar algum presente de final de ano, já fica a sugestão. :-)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DE CORPO INTEIRO

Virou moda apresentar os telejornais em pé entre os apresentadores das emissoras afiliadas da Rede Globo. Pelo menos é o que eu tenho visto nos “Praça TV”, como são chamados os telejornais locais da emissora, de algumas emissoras do Nordeste. Principalmente nos programas matutinos e vespertinos. Escalada em pé, chamadas em pé, passagens de bloco e chamadas para repórteres ou outros estúdios também em pé. Às vezes até andando de um lado para o outro, buscando dar mais dinamicidade no decorrer do telejornal.


Confesso que não sei ainda dizer se gosto ou não gosto disso. Me pergunto porque a Rede Globo faria esse tipo de orientação, principalmente para as emissoras locais, já que não vemos essa mesma dinâmica nos telejornais nacionais (como o Bom Dia Brasil ou o Jornal Hoje). É sabido de muito tempo que a bancada, por si só, é um elemento de distanciamento entre o apresentador e o público, distanciamento esse que se mostrou necessário e importante para a credibilidade da notícia e para mostrar que o foco ali não é o apresentador, e sim o conteúdo. Mas ao mesmo tempo, sempre foi algo que levantou dúvidas quanto à ajuda ou não à audiência. A única verdade que eu sei é que isso tem mudado. Se isso será bom ou ruim, espero viver para ver.

O que chama minha atenção é, claro, o figurino que está sendo usado para essa nova dinâmica telejornalística. Durante décadas, esses (as) apresentadores (as) se prepararam para aparecer apenas da cintura pra cima, estética e posturalmente. Num primeiro olhar, acho que a maioria está sofrendo para entender o papel do figurino nesse novo contexto. Já é muita novidade para quem está em casa perceber as figuras andantes, quanto mais observar calças com ajustes inadequados, cores estranhas e sandálias abertas mostrando os dedos. Vou prestar mais atenção.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

EU USO ÓCULOS

Corrigir a visão é uma necessidade física que afeta a maioria das pessoas, principalmente com o passar do tempo. Há quem use lentes de contato, há quem use óculos. Para quem trabalha com telejornalismo, é necessário ter um cuidado a mais na hora do uso profissional desses acessórios. Recentemente, Zileide Silva, durante a apresentação do Jornal Hoje, da Rede Globo, passou por dificuldades ao vivo que atribuiu a problemas com a lente de contato durante o programa. Daí passou a usar óculos. E são vários os repórteres e apresentadores que usam óculos, normal. O problema está, como sempre, no exagero.

Voltando à máxima do figurino para telejornalismo, que diz para não chamar mais a atenção do que a notícia, os óculos usados para apresentar telejornais devem ser discretos, de preferência sem armação (daqueles que as pernas dos óculos são parafusadas nas lentes), e acima de tudo, com tratamento anti-reflexo, pra não brilhar demais com os refletores do estúdio ou as luzes da rua. Parece óbvio, mas basta dar uma zapeada para ver que não é tão óbvio assim.







quinta-feira, 19 de novembro de 2009

FIGURINO PORTUGUÊS

Chamar mais atenção do que a notícia é o principal erro cometido por um telejornalista na hora de pensar seu figurino e sua apresentação como um todo. É esse pensamento básico que norteia todas as orientações para a vestimenta correta do jornalista de televisão. Mas infelizmente parece que cada vez mais esses profissionais pensam em se tornar artistas e não jornalistas, em ser mais destaque do que os destaques noticiosos. A boa notícia é que toda vez que isso acontecer por aí surge também a chance de um novo post para este blog.

É claro que eu não sou onisciente, mas quem tem amigo tem meio caminho andado. A figura de hoje vem do além mar, dos nossos patrícios portugueses. Quem enviou a sugestão foi meu amigo Juliano, do Rio de Janeiro, que certamente abriu o link interessado na entrevista (que por sinal é ótima, vale a pena ver as quatro partes depois do choque visual inicial), mas não conseguiu não perceber a “estampa” da âncora do programa, Manuela Moura Guedes.



A jornalista do chamado Jornal Nacional 6 é uma figura, digamos, intrigante. De cara, o botox exagerado nos lábios faz com que ninguém consiga prestar atenção em nada do que ela diz. Parece até que quanto mais ela fala, mais a gente fica hipnotizado por aquela boca em flor. Como disse minha amiga Flaviana, a prestadoradeatencao, parece até que ela está com uma alergia braba. Depois tem a franja. Repórter não usa franja, não dá certo, só atrapalha. Primeiro porque chama atenção demais, segundo porque dá trabalho pra manter, terceiro porque pode atrapalhar uma gravação principalmente em externa – entrando no olho ou assanhando, quarto porque é muito feio mesmo. E para coroar o look, tem ainda um colar de pérolas com uma florezinhas indecifráveis.

Para ver o vídeo na íntegra clique aqui ou na imagem para abrir o link da primeira parte no youtube.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

OS 10 MANDAMENTOS DA MAQUIAGEM PARA TELEJORNALISMO

Aproveitei os dias desconectagda para passar a vista com mais atenção nas maquiagens de apresentadores e repórteres de várias emissoras. Programas locais, regionais e nacionais, na Globo, Band, SBT, Cultura e tantas outras. De posse do bloquinho que sempre me acompanha fui fazendo umas anotações e percebi que os problemas são parecidos e repetitivos.

Eles costumam ser mais graves nas emissoras pequenas, que têm menos dinheiro e investimento (tanto em profissionais de maquiagem quanto em formação dos jornalistas para isso), mas ninguém escapou da malha fina. Apareceu de tudo, de problemas grosseiros como não passar o pó no rosto antes da gravação (principalmente entre os homens) – resultando naquela cara de “fritador” de pastéis de feira em pleno meio-dia – até (acreditem) combinar a cor da sombra com a cor da roupa.

Pensando não só em criticar, mas também em contribuir, resolvi fazer uma espécie de 10 mandamentos da maquiagem para telejornalismo e listar os principais pecados que podem ser cometidos pelos jornalistas de televisão na hora de se aprontar para o serviço. Vamos a eles.

1° Amar o pó compacto acima de todos os outros itens de maquiagem
2° Não usar blush em vão
3° Guardar maquiagem com brilho para festas pessoais
4° Não exagerar
5° Não borrar
6° Não combinar a cor da sombra com a cor da roupa
7° Não cobiçar base e pó em tons diferentes do da sua pele
8° Não usar gloss ou batons em tons fortes
9° Combinar a maquiagem com o horário do telejornal
10° Não pecar contra o bom gosto e a discrição

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

BORIS CASOY - ELE PODE

Depois de quase uma semana totalmente offline, estou de volta comentando sobre um dos maiores nomes do telejornalismo brasileiro de todos os tempos: Boris Casoy. Controverso e cheio de opinião, ele começou no telejornalismo nos anos 1960 e se popularizou nacionalmente na década de 1990, no Telejornal Brasil, introduzindo no país a figura do âncora (uma mistura de editor, apresentador e comentarista), função muito comum no telejornalismo norte-americano mas praticamente desconhecida por aqui.

Estava no feriado de finados assistindo ao CQC e fiquei mais tempo em frente à TV para ver um pouco do Jornal da Noite, da Band, onde hoje está Casoy. Esse é um dos telejornais mais antigos da emissora e é exibido de segunda a sexta-feira, com horário variando entre 23h45 e 01h00 da manhã. O que chamou minha atenção, claro, foi a vestimenta do apresentador. Ele estava de camisa branca e gravata, mas sem o paletó, mais ou menos como nessa foto. E achei que ficou bom, que ele tem personalidade e credibilidade suficientes pra encarar o look. Ele pode.
Pena que não consegui achar o vídeo de segunda-feira no site. O modelo de arquivamento das matérias e dos programas no portal da Band dificulta a busca pelo dia. Fica a reclamação. Deixo também uma dica de leitura. Boris Casoy: o âncora do telejornalismo brasileiro, um livro de Sebastião Squirra.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CORES DA MANHÃ

O Bom Dia Brasil, da Rede Globo, é um dos telejornais matutinos mais antigos da televisão brasileira. No ar desde 1983 e com um perfil voltado para coberturas políticas e econômicas, se tornou a principal referência em padrão estético para os outros telejornais do mesmo horário. Feito para dar o pontapé nas notícias do dia, o telejornal prima pelas cores claras, para não chamar muita atenção e passar o ar de suavidade. Claro que eles usam cores escuras também, mas o principal é a claridade. Abaixo uma pequena seleção de alguns dos tons preferidos para o horário.











quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MODA E POLÍTICA

Era 26 de setembro de 1960 e entrava no ar na TV norte-americana o primeiro debate televisivo entre John Kennedy e Richard Nixon, os então candidatos a presidência dos Estados Unidos. Até hoje esse episódio é considerado o mais famoso debate político televisivo de todos os tempos. E o que é que a moda tem a ver com isso? Simplesmente tudo!

Kennedy teve o cuidado de se informar e aprender sobre esse novo veículo de comunicação que era a televisão e também suas características (para tirar o melhor proveito, claro). Providenciou um belo terno escuro, gravata também escura, ajeitou o cabelo, aceitou ser maquiado, estava impecável. Se posicionou bem, teve boa postura tanto em pé quanto sentado, olhou para a câmera com simpatia, sorriu elegantemente.

Por sua vez, Nixon, fez a triste escolha por um terno mais claro e em tecido amarrotado, e que além disso tinha um caimento um tanto ruim. Para completar a impressão de desleixo, não aceitou ser maquiado, passando a sensação de sujeira com o brilho de sua pele na tela. Pra piorar ainda mais, o excesso de suor do candidato incomodou as pessoas. Como se não bastasse, o ar de cansaço e a postura um pouco curvada, somada à falta de de sorrisos deixou o candidato em condições menos vantajosas com relação a seu oponente.



A eleição foi em oito de novembro do mesmo ano. Para muitos, o debate foi crucial para a vitória de Kennedy. E qual a relação disso com o telejornalismo? Simples, muito simples. É uma fórmula muito parecida. Televisão + boa informação + bom figurino = credibilidade.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

OS HOMENS DE LENÇO

Usar lenço no bolso do paletó não é para todo mundo, muito menos para todo jornalista. Ele caiu um pouco em desuso, mas ainda fica bem em homens elegantes e clássicos. No telejornalismo brasileiro dois dos principais representates dessa categoria de apresentadores são, sem dúvida, Renato Machado (apresentador/editor-chefe) e Alexandre Garcia (apresentador/colunista), ambos do Bom Dia Brasil. Como toda elegância que lhes é característica, eles esbanjam charme com os lenços.





Se você é apresentador de telejornal e também quer usar lenço no bolso do paletó, fique atento. Esse acessório só serve para homens clássicos, que tenham credibilidade e garantam a sua atitude. Uma regra geral é que ele nunca tenha a mesma estampa da gravata, mas que tenha cor, tecido ou algum tipo de elemento semelhante. Que entre em harmonia com o conjunto. Mas de preferência só deve ser usado por quem está em estúdio, que tem um ar mais formal do que quem está na rua fazendo reportagens ou entradas ao vivo.

domingo, 18 de outubro de 2009

ECONOMIA x VESTIDINHOS

Eu não gosto de telenovelas e também não entendo desse assunto. E nem é esse o mote desse blog, que tem a intenção de comentar o figurino dos jornalistas de televisão. Mas esses dias eu descobri por acaso que uma novela da Rede Globo (Viver a Vida – aquela que fala do fantástico mundo dos ricos e sem problemas) tem uma personagem que é uma comentarista de economia. É a Malu, interpretada pela atriz Camila Morgado. O que me chamou a atenção foi o figurino da moça para interpretar um trabalho tão sério.

No quadro de economia que a personagem apresenta na ficção, o que menos se destaca são as “informações” dadas pela moça, e sim as belas pernas apresentadas em saias e vestidos curtíssimos, no melhor estilo Sharon Stone em Instinto Selvagem. Me lembrou também os programas pseudo-jornalísticos estilo naked news (aqueles com moças que apresentam notícias enquanto tiram a roupa).

Fiquei buscando em minhas memórias as nossas jornalistas de economia dos noticiários verdadeiros, como Miriam Leitão e etc... seria complicado imaginá-las com algum tipo de credibilidade se elas se vestissem assim para o trabalho. Mas como o limite entre ficção e realidade é muito tênue, faz até medo que essa moda pegue.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MAIS DO BONNER NO TWITTER

William Bonner falando da relação dele com o Twitter e como ele se diverte com isso. Fala até da história das gravatas. A entrevista foi dada ao GNT.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

GRAVATAS DO BONNER PELO TWITTER

Jornalistas de TV que se cuidem! Ou melhor, cuidem dos seus figurinos, que a partir de hoje começa a rolar o T.e.V.i, um blog bem ao estilo facehunters (aqueles caçadores de tendências das ruas) voltado exclusivamente para o que os jornalistas de televisão estão usando ou deixando de usar. E para estrear, o twittero do momento, William Bonner. O sucesso do apresentador/editor-chefe do Jornal Nacional no Twitter ta dando o que falar, e o que mostrar também. Esta semana ele pediu ajuda dos seus seguidores duas vezes para escolher a gravata que ia usar na bancada do telejornal de maior audiência do país. A primeira foi no dia 13 de outubro, terça-feira passada. Olha só o que ele postou minutos antes do JN entrar no ar...

“OK. OK. Camisa azul-claro. Paletó marinho. Sugestões para a cor da gravata.”
“Quem disse vmela com bolinhas azuis diga EU!” (sic.)
“Vermelha com bolinha azuis.”
“Ganharam. Interativa fashion. (...)”

E não deu outra, minutos depois estava ele com sua gravata vermelha de bolinhas azuis (bem clarinhas).



O segundo episódio foi no dia seguinte (ontem, quarta-feira, 14). Ele escreveu...

“Interativa fashion rápida. Ganhadora será apurada ao fim do primeiro minuto. Paletó cinza escuro, camisa branca. Sugestão de cor de gravata.”
“Prazo para votações encerrado.”
“OK. Bordô. Mas vamos a um desempate.”
“1 minuto para responder: bordô lisa ou com listras em branco e cinza?”
“votações encerradas.”
“Lisa”

E lá estava ele de gravata bordô lisa para alegria geral da galera twittera.


Talvez quem não esteja gostando muito dessa brincadeira seja Regina Martelli, a jornalista e consultora de moda que trabalha assessorando os apresentadores e repórteres da emissora. Eu confesso que só não dei a minha opinião nas gravatas porque não deu tempo. Resta saber se essas centenas de twitteros (para não dizer milhares) que acompanharam esse movimento pela internet conseguiram prestar atenção nas notícias do JN, que é o que realmente importa. Eu demorei bastante pra me concentrar no conteúdo em vez das gravatas.