segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DE CORPO INTEIRO

Virou moda apresentar os telejornais em pé entre os apresentadores das emissoras afiliadas da Rede Globo. Pelo menos é o que eu tenho visto nos “Praça TV”, como são chamados os telejornais locais da emissora, de algumas emissoras do Nordeste. Principalmente nos programas matutinos e vespertinos. Escalada em pé, chamadas em pé, passagens de bloco e chamadas para repórteres ou outros estúdios também em pé. Às vezes até andando de um lado para o outro, buscando dar mais dinamicidade no decorrer do telejornal.


Confesso que não sei ainda dizer se gosto ou não gosto disso. Me pergunto porque a Rede Globo faria esse tipo de orientação, principalmente para as emissoras locais, já que não vemos essa mesma dinâmica nos telejornais nacionais (como o Bom Dia Brasil ou o Jornal Hoje). É sabido de muito tempo que a bancada, por si só, é um elemento de distanciamento entre o apresentador e o público, distanciamento esse que se mostrou necessário e importante para a credibilidade da notícia e para mostrar que o foco ali não é o apresentador, e sim o conteúdo. Mas ao mesmo tempo, sempre foi algo que levantou dúvidas quanto à ajuda ou não à audiência. A única verdade que eu sei é que isso tem mudado. Se isso será bom ou ruim, espero viver para ver.

O que chama minha atenção é, claro, o figurino que está sendo usado para essa nova dinâmica telejornalística. Durante décadas, esses (as) apresentadores (as) se prepararam para aparecer apenas da cintura pra cima, estética e posturalmente. Num primeiro olhar, acho que a maioria está sofrendo para entender o papel do figurino nesse novo contexto. Já é muita novidade para quem está em casa perceber as figuras andantes, quanto mais observar calças com ajustes inadequados, cores estranhas e sandálias abertas mostrando os dedos. Vou prestar mais atenção.

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