sexta-feira, 27 de novembro de 2009

EU USO ÓCULOS

Corrigir a visão é uma necessidade física que afeta a maioria das pessoas, principalmente com o passar do tempo. Há quem use lentes de contato, há quem use óculos. Para quem trabalha com telejornalismo, é necessário ter um cuidado a mais na hora do uso profissional desses acessórios. Recentemente, Zileide Silva, durante a apresentação do Jornal Hoje, da Rede Globo, passou por dificuldades ao vivo que atribuiu a problemas com a lente de contato durante o programa. Daí passou a usar óculos. E são vários os repórteres e apresentadores que usam óculos, normal. O problema está, como sempre, no exagero.

Voltando à máxima do figurino para telejornalismo, que diz para não chamar mais a atenção do que a notícia, os óculos usados para apresentar telejornais devem ser discretos, de preferência sem armação (daqueles que as pernas dos óculos são parafusadas nas lentes), e acima de tudo, com tratamento anti-reflexo, pra não brilhar demais com os refletores do estúdio ou as luzes da rua. Parece óbvio, mas basta dar uma zapeada para ver que não é tão óbvio assim.







quinta-feira, 19 de novembro de 2009

FIGURINO PORTUGUÊS

Chamar mais atenção do que a notícia é o principal erro cometido por um telejornalista na hora de pensar seu figurino e sua apresentação como um todo. É esse pensamento básico que norteia todas as orientações para a vestimenta correta do jornalista de televisão. Mas infelizmente parece que cada vez mais esses profissionais pensam em se tornar artistas e não jornalistas, em ser mais destaque do que os destaques noticiosos. A boa notícia é que toda vez que isso acontecer por aí surge também a chance de um novo post para este blog.

É claro que eu não sou onisciente, mas quem tem amigo tem meio caminho andado. A figura de hoje vem do além mar, dos nossos patrícios portugueses. Quem enviou a sugestão foi meu amigo Juliano, do Rio de Janeiro, que certamente abriu o link interessado na entrevista (que por sinal é ótima, vale a pena ver as quatro partes depois do choque visual inicial), mas não conseguiu não perceber a “estampa” da âncora do programa, Manuela Moura Guedes.



A jornalista do chamado Jornal Nacional 6 é uma figura, digamos, intrigante. De cara, o botox exagerado nos lábios faz com que ninguém consiga prestar atenção em nada do que ela diz. Parece até que quanto mais ela fala, mais a gente fica hipnotizado por aquela boca em flor. Como disse minha amiga Flaviana, a prestadoradeatencao, parece até que ela está com uma alergia braba. Depois tem a franja. Repórter não usa franja, não dá certo, só atrapalha. Primeiro porque chama atenção demais, segundo porque dá trabalho pra manter, terceiro porque pode atrapalhar uma gravação principalmente em externa – entrando no olho ou assanhando, quarto porque é muito feio mesmo. E para coroar o look, tem ainda um colar de pérolas com uma florezinhas indecifráveis.

Para ver o vídeo na íntegra clique aqui ou na imagem para abrir o link da primeira parte no youtube.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

OS 10 MANDAMENTOS DA MAQUIAGEM PARA TELEJORNALISMO

Aproveitei os dias desconectagda para passar a vista com mais atenção nas maquiagens de apresentadores e repórteres de várias emissoras. Programas locais, regionais e nacionais, na Globo, Band, SBT, Cultura e tantas outras. De posse do bloquinho que sempre me acompanha fui fazendo umas anotações e percebi que os problemas são parecidos e repetitivos.

Eles costumam ser mais graves nas emissoras pequenas, que têm menos dinheiro e investimento (tanto em profissionais de maquiagem quanto em formação dos jornalistas para isso), mas ninguém escapou da malha fina. Apareceu de tudo, de problemas grosseiros como não passar o pó no rosto antes da gravação (principalmente entre os homens) – resultando naquela cara de “fritador” de pastéis de feira em pleno meio-dia – até (acreditem) combinar a cor da sombra com a cor da roupa.

Pensando não só em criticar, mas também em contribuir, resolvi fazer uma espécie de 10 mandamentos da maquiagem para telejornalismo e listar os principais pecados que podem ser cometidos pelos jornalistas de televisão na hora de se aprontar para o serviço. Vamos a eles.

1° Amar o pó compacto acima de todos os outros itens de maquiagem
2° Não usar blush em vão
3° Guardar maquiagem com brilho para festas pessoais
4° Não exagerar
5° Não borrar
6° Não combinar a cor da sombra com a cor da roupa
7° Não cobiçar base e pó em tons diferentes do da sua pele
8° Não usar gloss ou batons em tons fortes
9° Combinar a maquiagem com o horário do telejornal
10° Não pecar contra o bom gosto e a discrição

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

BORIS CASOY - ELE PODE

Depois de quase uma semana totalmente offline, estou de volta comentando sobre um dos maiores nomes do telejornalismo brasileiro de todos os tempos: Boris Casoy. Controverso e cheio de opinião, ele começou no telejornalismo nos anos 1960 e se popularizou nacionalmente na década de 1990, no Telejornal Brasil, introduzindo no país a figura do âncora (uma mistura de editor, apresentador e comentarista), função muito comum no telejornalismo norte-americano mas praticamente desconhecida por aqui.

Estava no feriado de finados assistindo ao CQC e fiquei mais tempo em frente à TV para ver um pouco do Jornal da Noite, da Band, onde hoje está Casoy. Esse é um dos telejornais mais antigos da emissora e é exibido de segunda a sexta-feira, com horário variando entre 23h45 e 01h00 da manhã. O que chamou minha atenção, claro, foi a vestimenta do apresentador. Ele estava de camisa branca e gravata, mas sem o paletó, mais ou menos como nessa foto. E achei que ficou bom, que ele tem personalidade e credibilidade suficientes pra encarar o look. Ele pode.
Pena que não consegui achar o vídeo de segunda-feira no site. O modelo de arquivamento das matérias e dos programas no portal da Band dificulta a busca pelo dia. Fica a reclamação. Deixo também uma dica de leitura. Boris Casoy: o âncora do telejornalismo brasileiro, um livro de Sebastião Squirra.